CHEIOS E NÃO REALIZADOS

Segundo Henri Nouwen, as pessoas estão cheias de preocupação, atividades, entretenimentos, diplomas, religiosidade, busca por 'espiritualidade', porém não realizadas. Comportamentos motivados por desejos de comprar, viajar, realizar, possuir, se espiritualizar etc, vivemos em completo HEDONISMO(comportamento motivado pelo prazer), porém um sentimento corrosivo de não realização sempre presente na sociedade contemporânea. Até quando? Igrejas e líderes espirituais que se levantam com a 'solução' de pronto para esse problema e que se perdem no meio do caminho. Antes, o que seria uma causa para o próximo, agora defendem seus próprios interesses, própria posição, próprias causas, promovem agora não o nome de Jesus, senão, seus próprios nomes e seus próprios 'reinos'. A espiritualidade contemporânea se perde na ideia de autosatisfação, no experiencialismo, na autoafirmação pessoal de uma liderança baseada no 'sucesso' do crescimento e do bom desempenho pessoal. Em pessoas que só querem ser prósperas financeiramente e demoniza tudo que vê pela frente ou ainda fazem de Deus, um cara para satisfazer seus desejos pessoais e sonham com uma caminhada com Cristo, mais parecido com 'Alice no país das maravilhas', e quando isso não acontece se sentem culpadas e frustradas por não terem correspondido ao que Deus ou essa teologia pós-moderna prega e vive. Há líderes que pensam que o que tem para mostrar os torna 'especiais' e até insubstituíveis. Seremos CHEIOS e REALIZADOS, quando a nossa fonte para se encher e se realizar for apenas uma: Jesus. "...permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.  Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer" João 15.4,5. Essa metáfora da 'videira', nos faz refletir sobre a dependência para sobrevivência, de vivermos diariamente e piedosamente na presença de Cristo, ou seja,  vivermos agarrados a Ele se não 'morreremos' espiritualmente, apesar de estarmos bem vivos fisicamente. Aprendo que oração, jejum e contemplação não é uma opção mas sim uma necessidade de sobrevivência, que deve fazer parte de nossa vida pessoal e diária, para que o nosso cristianismo não se confunda com um judaísmo jurássico e amórfico que só vive de obedecer as 'regras' sem nem mesmo saber porque, para que e para quem as faz.  Judaísmo esse que não foi capaz nem mesmo de reconhecer o Cristo enviado de Deus quando esteve na terra, dado a sua alienação religiosa e espiritual.

Seremos CHEIOS e REALIZADOS se permanecermos em Cristo e vivermos por Ele e para Ele.